Os 11 do Palmeiras em 2011


O elenco do Palmeiras sofreu reviravoltas consideráveis nesse curto prazo de 8 meses do ano de 2011. Nesse abre e fecha de janelas de todo lugar do mundo, o Palmeiras ganhou (assim como perdeu) alguns jogadores até então “queridos” pela torcida.

GOLEIROS
O gol é único setor do Palmeiras que esta 100%. A segurança que Marcos passa quando esta embaixo das traves muda a confiança do time. E os palmeirenses sabem que, quando o Santo não puder atuar, Deola ou Bruno (que esta na Portuguesa) também garantem.

Marcos – Maior ídolo da história do Palmeiras. Apesar dos seus 38 sofridos anos de idade, ainda mostra o porquê de até hoje ser o titular da meta do Verdão. Pretende anunciar sua aposentadoria no ano que vem, mas a diretoria do Palmeiras está querendo prorrogar a sua permanência no clube, unindo o útil ao agradável, atribuindo à venda de camisas personalizadas do goleiro. Ainda falta segurança com a bola nos pés, mas como seu trabalho é mesmo com as mãos, isso passa despercebido.

Deola - Conquistou a vaga de Marcos, depois de suas seguidas contusões, e é mais um alino aplicado da escola de goleiros do Palmeiras. Tem tudo para despotar e herdar a vaga do Santo, que ainda pretende se aposentar no ano que vem.

LATERAL DIREITA
Foi um problema nesses últimos 4 anos. Ninguém conseguiu se firmar na posição por mais de uma temporada desde Paulo Sérgio, em 2007. Em 2008, mesmo com o titulo de campeão paulista, Elder Granja deixou o time no ano seguinte. Ainda passaram Figueroa, Vitor e outros inúmeros jogadores improvisados naquele setor. Cicinho tenta quebrar essa mística.

Cicinho – Foi contratado da brilhante equipe do Santo André, vice campeã paulista de 2010. Agilidade é o que não lhe falta, tem fôlego de sobra pra jogar os 90 minutos, mas às vezes, é isso mesmo que o prejudica. Algumas vezes muito afobado, sobe ao ataque sem controle e falha muito na marcação. Apesar disso, tem sido efetivo nas assistências e confunde os adversários com sua velocidade.

LATERAL ESQUERDA
Desde Pablo Armero, que ficou até o meio da temporada passada, passou por uma fase complicada. A vaga ficou rondando entre Gabriel Silva e Rivaldo, até a contratação de Gerley, vindo do Caxias do Sul – RS, que vem atuando com certa regularidade.

Gerley – Jovem jogador, de 20 anos, vem como promessa da lateral esquerda. Atua bem tanto nas subidas ao ataque quanto na marcação. É claro que não teve muitas oportunidades ainda, mais atualmente é titular absoluto do time de Felipão.

Rivaldo – Vindo da equipe do Avaí – SC como volante de ofício, foi deslocado para a lateral esquerda por necessidade. Adaptou-se bem, marca forte e é taticamente eficiente, mas peca nas subidas ao ataque. Sem sucesso no passe ou nos cruzamentos, o trabalho fica todo para Luan.

Gabriel Silva – Completamente o oposto de Rivaldo. Sobe ao ataque com facilidade e velocidade incrível. Arrisca chutes de fora da área com as duas pernas e vez ou outra acerta cruzamentos perfeitos, mas na hora de ajudar lá atrás, fica devendo. É titular da seleção brasileira sub 20 no mundial de 2011.








ZAGUEIROS
Nunca foi um problema dos piores para o Palmeiras, que tem o costume de manter a zaga sólida ao longo da temporada. Todos que passaram nesses últimos 5 anos tiveram relativo sucesso: Dininho, David Braz, Gustavo, Henrique (campeões paulistas em 2008), Gladstone, Jéci, Maurício, Edmilson e Danilo. Atualmente, parecem ter encontrado uma ótima dupla.

Thiago Heleno – Vem de passagem apagada no Corinthians, mas antes disso, teve atuação de gala no Cruzeiro. Com o tempo, recuperou a forma, se entrosou com o time e tem até feito gols (um deles de falta). Não tem domínio, mas não tem bola perdida pra ele.

Henrique – Campeão paulista pelo Verdão em 2008, ainda conseguiu uma convocação para a seleção brasileira de Dunga. Foi vendido ao grande Barcelona, que o emprestou para o Bayern Leverkusen – ALE e Racing Santander – ESP, onde teve boas atuações. Volta com status de ídolo para suprir a saída de Danilo. Ganhou a camisa 3.

Maurício Ramos – No Palmeiras desde 2009, vindo do Coritiba – PR, reveza ótimas e péssimas atuações. Não tem saída de bola e muitas vezes não tem controle da jogada, mas é firme nas divididas. Tem bom posicionamento na área e também tem feito gols salvadores. É reserva imediato de qualquer um dos dois.

VOLANTES
Isso é uma coisa que o Palmeiras tem de sobra. Ultimamente, a dupla de volantes tem sido a única posição que tem certa freqüência de seus jogadores. Pierre, no Palmeiras desde 2007, é ídolo da torcida. Mas depois de uma série de contusões e problemas pessoais, perdeu a vaga. Nesse meio tempo em que ficou fora, deu oportunidade para outros jogadores, que supriram sua falta.

Márcio Araújo – Veio do Atlético MG em 2009 e foi titular desde sua chegada. Com a camisa 8, mescla velocidade e raça e é taticamente perfeito. Chega muitas vezes como elemento surpresa, apesar de não ter muita qualidade nos chutes a longa distancia. Suas características lhe renderam algumas partidas sendo improvisado na lateral direita.

Marcos Assunção – A principal arma do Palmeiras. O experiente jogador chegou ao Verdão ano passado, quando o time estava sob o comando de Antonio Carlos Zago (onde jogaram juntos no Bétis – ESP). Foi contratação contestada até conseguir a vaga de titular e fazer seu primeiro gol de falta pelo time do Palmeiras, contra o Botafogo – RJ, no Campeonato Brasileiro de 2010. Tem passagens por Santos, Flamengo e pela seleção brasileira. Coloca a bola no chão, vira o jogo para onde quiser e deixa seus companheiros na cara do gol. Sem fôlego para marcar, compensa isso na hora de distribuir o jogo. É o homem da bola parada do Palmeiras.

Chico – Veio do Atlético – PR como contratação de luxo, pela ótima campanha que fez em 2009. Atua tanto no meio do campo quanto na zaga (como um líbero, um pouco mais adiantado). Típico volante de marcação, chega firme e tem presença na área. É reserva imediato de qualquer um dos dois.

MEIA ATACANTE
Esse foi o problema do Palmeiras desde o começo do ano: a criação. Desde a saída de Cleiton Xavier e Diego Souza, em 2009, o time ficou devendo nesse aspecto. Foram testados inúmeros jogadores, até volantes já jogaram por ali, mas por enquanto, a salvação esta nos pés de Valdivia. Lincoln, que seria o reserva imediato do chileno, teve complicações com a diretoria e foi transferido ao Avaí – SC.

Valdivia – O chileno esteve no Palmeiras nas temporadas 07/08, onde foi campeão paulista, eleito o melhor jogador do campeonato, ganhou a camisa 10 e se tornou um dos maiores ídolos da torcida. Foi vendido para o Al-Ain, dos Emirados Árabes, e por la também se tornou ídolo e capitão. Voltou para o Palmeiras no fim de 2010, mas em 2011 ainda não teve uma partida perfeita. Com inúmeras contusões, o camisa 10 precisou fazer tratamento e ficou fora por muito tempo. Quando se recuperou, foi servir a seleção chilena na Copa América, desfalcando mais uma vez o Verdão. Agora, de volta ao time, ainda não fez participação brilhante, mas tem ajudado na armação.

Patrik – Jovem revelação das categorias de base do Palmeiras, é reserva imediato de Valdívia. Joga centralizado, mas caí pelas laterais quando necessário. Sua mobilidade lhe rende boas chances na cara do gol e seus chutes a longa distância tem surpreendido os goleiros adversários. Ainda lhe falta técnica e domínio da bola, mas isso ele só vai adquirir com o tempo. Jogou a temporada passada pelo São Caetano – SP.

Tinga – Jogador jovem, ás vezes joga por aquele setor, mas ainda deve taticamente. Volante de oficio quando atuava na Ponte Preta – SP, veio para o Palmeiras e no jogo de estréia, contra o Santos, marcou um gol. Tem velocidade e fôlego, mas ainda se complica com a bola. Quase foi embora do Palmeiras, quando a empresa que detém seus direitos teve algumas desavenças com Felipão.

ATACANTES
Não tem sido muito fácil manter o ataque. Desde a saída de Alex Mineiro, em 2009, o Palmeiras não teve um centro-avante que encantasse a torcida. Kleber, que retornou ao time ano passado, tentou fazer essa função, sem muito sucesso. Com a chegada de alguns reforços, o setor tem se reformulado, mas ainda não conquistou a torcida, ainda mais agora, com a saída conturbada do Gladiador. O clube ainda procurou opções na Série B, depois da confusa saída de W. Paulista, então se vira com o que tem.

Maikon Leite – Veio do Santos – SP que foi campeão do Paulista e da Libertadores de 2011, onde era reserva imediato de Neymar, uma responsabilidade, no mínimo, pesada. Quando ainda jogava no Atlético – PR, o Palmeiras comprou parte de seus direitos para o jogador iniciar a temporada no time. O Santos, que participava do Campeonato Paulista e da Libertadores, como detentor de maior parte dos direitos do jogador, entrou em acordo com o Palmeiras e usou Maikon na transição de jogadores para participar igualmente das duas competições. Chegando no inicio do Brasileiro, Maikon tem muita velocidade e explosão, mas ainda fica devendo tecnicamente. Ainda não mostrou o futebol que vinha apresentando no Santos.

Luan – O polivalente jogador ganhou a confiança de Felipão por atuar com entrega e por ter atuação tática impecável. Jovem, foi revelado pelo São Caetano – SP, e logo foi para a Europa, jogar no Toulouse – FRA. Canhoto, veio para o Palmeiras no começo de 2010 e nos primeiros jogos teve atuações relativamente boas. Depois, a deficiência técnica decidiu a aparecer e, contestado pela torcida, teve a sua pior fase no time desde então. Perto do fim de seu contrato por empréstimo, que já estava dado como certo, mostrou um bom futebol que nunca tinha mostrado, e forçou a diretoria a renovar seu contrato. Infelizmente, a má fase parece ter voltado.

Dinei – Centro avante incontestável. Não sabe carregar a bola, não sabe cair pelas laterais e não sabe driblar, mas em termos de posicionamento na área, é perfeito. No campo de ataque, se mexe com agilidade para aproveitar os cruzamentos ou qualquer sobra de bola. Por ser alto, também tem um cabeceio privilegiado. Estava encostado no time do Atlético – PR, e na época de “vacas magras” no ataque do Palmeiras, foi contratado sem muito custo. Quando teve uma seqüência de jogos na equipe titular, teve uma rara contusão no quadril, e desfalcou o time por 6 meses. Voltou e tem tudo para reconquistar a sua vaga, mesmo com todas as deficiências técnicas.

Fernandão – Gigante, o atacante veio do Guarani – SP, que disputava a Série B do Campeonato Brasileiro, e em seu jogo de estréia, no clássico contra o Corinthians – SP, fez uma assistência e o gol da virada. Naquele momento, automaticamente se tornou ídolo da torcida, mas foi só. Conseguiu a titularidade em algumas partidas, mas não se deu bem e perdeu o espaço. Ainda assim, sempre é relacionado e fica, pelo menos, no banco de reservas.

Ricardo Bueno – Recém chegado, vindo do Atlético –MG por empréstimo até Março de 2012, veio a pedido de Felipão, e com a saída do Gladiador, conseguiu sua titularidade ao lado de Luan. Ainda não desencantou de vez, mas tem a confiança do técnico e, mesmo com a situação conturbada do time no Campeonato Brasileiro, conseguiu a confiança da torcida. Herdou a camisa 9.